life. love.

room service - rui teixeira.

No quarto de Rui Teixeira, cada objecto tem uma história e quase todas essas histórias têm uma ligação à música. Ou não estivéssemos perante um dos DJ da dupla Bandidos.

Começando na sua colecção de mais de mil discos de vinil e terminando na mesa de mistura e nas imponentes colunas espalhadas pelo quarto, não é difícil perceber que ali se respira música. “O quarto é a nossa verdadeira casa. É o porto seguro e de conforto”, considera Rui Teixeira. Lux, Europa, Minimercado, Music Box e ZDB são algumas das outras “casas” onde podemos encontrar os Bandidos (Rui Teixeira e Bruno Sousa). Quase em pé de igualdade com a paixão pela música está a obsessão por bonecos em PVC. “Faço colecção desde pequeno. Houve alturas que era uma loucura, mas, agora, estou mais calmo. Quando vejo algum especial, compro”, confessa o DJ, que, antes de abraçar esta profissão, estudou Escultura na Faculdade de Belas Artes. Uma prova? A televisão repleta de bonecos, que foi fruto de um trabalho para uma instalação.

© photography Sara Gomes

© text Carolina Almeida

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notes to self

room service - lili dias.

Quando entramos no quarto da historiadora de arte, a sensação é a de estarmos a mergulhar num conto de princesas.

Não apenas pelo rosa que dá vida às paredes (e aos bonecos, e aos acessórios, e aos sapatos), mas também pelos detalhes românticos escondidos em cada recanto. E pelo próprio cabelo da princesa Lili. “É um regresso à minha infância, tal como muitas coisas do meu quarto”, explica.

Licenciada em História de Arte e com o projecto de voltar a ser hospedeira de bordo muito em breve, Lili assume que nunca largou a sua meninice. “Se tiver de escolher entre uma saia e umas calças, escolho sempre a saia. E os sapatos têm de ser redondos”, diz. A sua colorida colecção de mais de vinte pares de Repetto inclui sobretudo bailarinas.

Mas a meninice dispersa-se quando o olhar recai nas estantes de livros. Além de lombadas de ilustração e banda desenhada – duas das grandes paixões de Lili –, nomes de escritores russos surgem, imprevisíveis, nas prateleiras imaculadamente arrumadas. “Adoro literatura russa porque vivi em Moscovo durante dois anos.”

© photography Sara Gomes

© text Carolina Almeida

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lili . discarded

room service - anne sophie costa.

Já há dois anos e meio que Anne Sophie Costa assina “make-up artist” nos seus cartões pessoais cobertos de purpurinas. Não é que o design tenha desaparecido da sua vida, mas está, por enquanto, adormecido. “Sempre quis ser designer gráfica, mas também tinha o sonho de ser maquilhadora, só que achava quase impossível concretizá-lo”, conta. A sua luta e a sua dedicação ajudaram-na a provar o contrário.

A make-up artist, que já trabalhou com revistas como a Parq e a Pure Magazine, e que, agora, contribui para o próximo Projecto Moda, da RTP, abriu as portas do quarto para mostrar-nos um pouco do seu mundo. Descobrimos que é branco e cheio de luz, “essa luz que nos dá energia e paz”, diz. “Minimalista e com alguns apontamentos de cor”, é assim que Anne Sophie define o estilo da sua casa, que não é mais do que um reflexo daquilo que é. “Simples”, declara.

O gosto pelo vintage, que herdou da mãe, convive lado a lado com um estilo mais moderno, remetendo para os anos 60 e 70. “Gosto de encontrar peças raras. Este fim-de-semana, comprei um móvel antigo, com um gira-discos e um rádio. Fez-me lembrar a minha avó.” A mesma avó que bordou os lençóis sem os quais Anne Sophie não consegue dormir.

© photography Sara Gomes

© text Carolina Almeida

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on the road. madrid-vitoria