quarta-feira, 25 de agosto de 2010

room service - véronique laranjo.











É muito fácil apaixonarmo-nos pelo quarto de Véronique ao primeiro olhar. Para a consultora de moda e proprietária de loja, trata-se do seu “reino”, com as suas “regras”, o seu “humor” e sua “confusão”.

Mas para muitos fashion addicts, ele pode mesmo ser elevado à categoria de ‘pequeno paraíso’. Lanvin, Balenciaga, Marc Jacobs…as brilhantes etiquetas saltam à vista, sendo impossível desviar o olhar. Estamos definitivamente num território onde a Moda ocupa um lugar muito especial. Véronique Laranjo formou-se na área audiovisual, em Londres, onde também trabalhou como responsável da loja Joseph. Depois de ter realizado um mestrado em Marketing de Moda, em Paris, passou quatro anos pela Prada e um ano pela Marc Jacobs, enquanto responsável do corner de marroquinaria.

Atraída sobretudo pela criatividade, considera Cristobal Balenciaga, Yves Saint Laurent, Jeanne Lanvin e Madeleine Vionnet autênticos génios e elege (dificilmente!) Roland Mouret como um dos seus designers favoritos. Confessa ter um fetiche por sapatos e é fascinada por caveiras desde os seus tenros cinco anos. “Gosto da estética e é bom para não esquecer que sou efémera”, descodifica. Esta natural de Tours, França, e descendente de açorianos sentiu que “Lisboa tinha o que precisava neste momento: energia, vontade e curiosidade”. E além de ser uma fã incondicional de bacalhau, também se encantou pela mistura de estilos da nossa capital. “Street e antigo ao mesmo tempo. O que falta, talvez, é um pouco de elegância”, acrescenta. Mas Véronique já está a tratar disso. Temos o prazer de anunciar, em primeira mão, que a Travessa do Carmo, em Lisboa, vai acolher a partir de Setembro o novo projecto de Véronique: uma loja de roupa feminina onde poderemos encontrar, para já, as insígnias Paul&Joe Sister, See by Chloé e Orla Kiely, “uma marca britânica que gosto muito”, explica a proprietária.

© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

room service - maría p.











A DJ é uma asturiana que viajou até Lisboa com intenções de aprender português durante um mês. Dois anos depois, continua por cá.

“Apaixonei-me pela cidade”, explica num português perfeito. Depois de conhecer as Sete Colinas, escolheu a zona de Santa Apolónia para partilhar casa. O seu quarto é, portanto, muito mais do que um lugar para dormir. “Eu acredito que podemos viajar no quarto”, revela. Este seu “espaço inspirador” pintado de branco e azulejo português, é onde passa a maior parte do tempo “a ouvir música, ler e ver os pássaros da janela”.

Licenciada em Literatura Medieval e a tirar o mestrado em História de Arte Medieval, María está ora entre livros, ora entre discos. Além da tese que está a escrever, ainda dá aulas e é DJ. Em Lisboa, podemos ouvi-la no Wonderland Club, onde é residente, e Cabaret Maxime; mas também é assídua no Armazém do Chá e Plano B, no Porto. E quando pensamos que já não existe tempo para mais nada, María surpreende-nos. É que ainda há lugar para o projecto Hot Pan Club, que organiza festas underground da década de 60, evitando clichés e abrangendo, além da música, “o design, a dança e o cinema”, explica. “Mas tudo sem sobriedade, sempre com humor”, remata.

© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

room service - mariana lima balas.










Quando surpreendemos a vocalista dos The Soaked Lamb, num sábado de manhã, não nos lembrámos que, para a mãe de um pequenote de três anos, o dia começa quase de madrugada.

E sempre com muita energia. “Estou a pé desde as sete”, declara, com o cabelo imaculadamente penteado. Entrar em casa de Mariana Lima Balas, também designer, é como viajar numa máquina do tempo. Encontramos móveis antigos da associação REMAR, napperons em crochet, roupas e sapatos dos anos 30 ou 40, achados como pequenos tesouros na Internet... E tudo genuinamente vintage.

Mariana colecciona “várias coisas antigas”, entre roupa, anúncios, caixas de sapatos e de chapéus. “Tenho uma espécie de cemitério de sapatos. Às vezes, compro só porque adoro, mesmo que não me sirvam”, diz. Apesar de a decoração da casa não estar, de momento, na lista de prioridades de Mariana, faz parte das suas preocupações estéticas. “Gostava de poder dizer que sou 100% vintage, mas é difícil, porque, em Portugal, não se encontra praticamente nada”, lastima. É incontornável. A paixão por outras épocas ganha corpo em todos os detalhes da vida de Mariana. Incluindo o penteado.

© photography Sara Gomes
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

room service - brianda fitz-james stuart.










Foi em pleno centro madrileno, numa transversal à movimentada calle Fuencarral, que encontrámos umas águas-furtadas de genes aristocráticos e atmosfera de artista.

Descobrimos Brianda Fitz-James Stuart, neta da Duquesa de Alba e uma das designers da La Casita de Wendy, a olhar o céu pela grande janela do seu quarto. “Consigo passar horas a olhar para as nuvens. E agora que penso bem, elas fazem parte dos meus estampados”, declara a (também) pintora de 26 anos. Na acolhedora divisão, a favorita de Brianda, é impossível desviar o olhar dos vários ukuleles que dão ritmo ao quarto. “Apaixonei-me pelo instrumento assim que comecei a aprender. A partir daí, sou obcecada por ukuleles, não consigo parar de tocar e, sempre que posso, compro um”, conta. A também autora do blogue Brianda Buscando confessa não dar muita atenção à decoração da casa, preferindo “dedicar mais tempo a outras coisas”. Como, por exemplo, ao projecto de criar a sua própria marca com uma amiga.

© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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