sexta-feira, 26 de novembro de 2010

making-of




video by alex holstein
making-of Go Your Own Way editorial for PARQ magazine
photo by me, styling by ana canadas, make-up by anne sophie, model ana filipa (l'agence)



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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

room service - manuela furtado.










O quarto da directora do gabinete de imprensa Birdsong é a sua casa mais interior.

A madeira acompanha-nos sempre, assim como a atmosfera acolhedora. Há uma doce mistura no ar, ora a canela, ora a chá verde. Talvez seja do cruzamento de raízes que encontramos na vida de Manuela. É filha de mãe alemã e pai indiano, nasceu em Genéve, Suíça, e viveu parte da infância em França, antes de vir para Portugal, aos cinco anos. Diz sentir-se portuguesa, mas prefere ver-se como cidadã do mundo. A moda é o seu universo, mas são os tecidos que mais a fascinam. Antes de lançar a agência de comunicação BirdSong, da qual é proprietária, foi criadora de bijutaria (tendo feito a sua primeira colecção para o designer Filipe Faísca) e stylist, nas revistas Marie Claire e Elle. É metódica e espiritual, de cultura cristã mas com uma forte atracção pelo hinduísmo. E o seu quarto é um reflexo dessa interessante dualidade. Ora vejam.

Que quarto lindo! Sabes que sempre imaginei o quarto ideal, mas os meus quartos são sempre uma espécie de acampamento, algo provisório.

Então quer dizer que não tens o quarto dos teus sonhos... Nem por isso, mas sinto-me bem em ter um quarto assim, improvisado. Às vezes, quando vejo revistas, imagino-me a ter um quarto todo pensado, com closet, etc. Mas na realidade, a minha tendência é para que seja um espaço mais espontâneo.

Há quanto tempo vives nesta casa? Fez oito anos em Junho.

Adoro a inspiração étnica, as cores e os deuses das almofadas. Quem são? Um é o Ganesh e o outro a deusa Lakshmi. Ambos têm um significado importante para mim. São dois deuses hindus com um simbolismo especial: o Ganesh representa a superação dos obstáculos e a Lakshmi, a riqueza, tanto material como interior. Mas estão naquelas almofadas por acaso. Comprei os panos, recortei-os e cosi-os por cima das almofadas. Gosto muito de cor e adoro misturar tecidos e padrões.

Pois, lembro-me de me contares que fazes colecção de tecidos... sim, colecciono tecidos e tenho pena de ter tudo guardado. Por mim usava tecidos diferentes em todos os cantos da casa: cortinas, almofadas, toalhas de mesa, para forrar estofos... Se pudesse, até usava muito mais roupa colorida do que o que uso. Por causa do trabalho, acaba por não ser tão prático. Mas adoro...

E já que falamos de cor, achas que existe algum tom que nunca porias no teu quarto? Acho que cada pessoa tem de encontrar uma certa harmonia nas cores. Eu para me sentir bem, tenho de ter cores quentes. Depois no Verão, coloco uma coberta branca, que dá uma sensação de frescura. Mas prefiro sentir tons quentes à minha volta, porque são mais acolhedoras, não é?

Sim, concordo. Já percebi que tens uma ligação muito grande ao têxtil, que depois se estende tanto para a Moda como para o design. Os tecidos são a base. A minha atracção por moda começou muito pelo fascínio dos tecidos. Não só os padrões, mas também as texturas dos tecidos, e na moda eles são o ponto de começo. Tenho essa ligação especial e, portanto, é normal que na minha casa isso esteja reflectido. Secalhar no meu quarto, que é a zona mais íntima, estou à vontade para ser o mais exuberante possível.

Passas muito tempo no quarto? Passo mais no Inverno. Por exemplo, se trago trabalho para casa, à noite sento-me em cima da cama com o computador nos joelhos, e fico a trabalhar. Por uma questão de aconchego... estou mais quente.

É a zona que te dá mais conforto...sim e onde me sinto mesmo bem. Faço com que o meu quarto seja confortável e que seja o meu espaço, para quando quero estar sozinha ou quando quero ler um livro. Prefiro fazê-lo na cama, em vez de na sala. É um pouco o meu refúgio do resto da confusão da casa.

Tens algum objecto no quarto que te seja mais especial? Tenho as fotografias dos meus filhos, os desenhos deles...

O que é que nunca pode faltar no teu quarto? Alguma coisa para ler, a possibilidade de ter várias intensidades de luz e calor, no Inverno. Tem de estar quentinho!

Também sei que adoras velas. Tens algum aroma de eleição para a casa? Gosto muito de cheiros com base de canela e outras especiarias. Às vezes também queimo incenso, mas prefiro velas.

E fazes mudanças frequentes na disposição dos móveis? Sim, costumo fazer. Por acaso mudei a disposição do quarto há pouco tempo. A cama não estava aqui. Mudo o sítio dos móveis, das almofadas...

Porque é que sentes necessidade de mudar? Para refrescar a casa, para sentir que, de repente, estou no mesmo sítio mas com contornos diferentes; numa casa mais refrescada. E preciso também de deitar fora coisas que se acumulam. Sabe-me tão bem!

És muito ligada aos objectos? As coisas que têm um significado, porque foi alguém que me ofereceu ou porque foi uma compra especial, guardo-as. Há outras que vou guardando sem saber muito bem porquê. A roupa, por exemplo. Dizemos sempre “vou guardar porque acho que ainda vou usar”, e depois tudo se acumula. Chega a uma altura que é preciso deitar fora. E é uma sensação de alívio despegar-nos dessas coisas, tanto pelo espaço como pelo facto de termos conseguido ultrapassar a ligação física que tínhamos. A arrumação da casa tem muito essa dualidade: o lado prático e a vertente de limpeza quase pessoal e interior.

E se pudesses conhecer a casa de alguém, de quem escolherias? Hum...não tenho a tendência de cultivar ídolos, há muitas pessoas que admiro, mas não tenho propriamente a curiosidade de entrar na sua intimidade. Mas achava engraçado entrar na casa da Rainha de Inglaterra, na sua zona mais privada, no quarto e na sala. É algo que me ocorre, assim de repente. Gosto de ver aquelas casas lindas nas revistas de decoração, mas não sinto curiosidade de conhecer a casa de alguém em particular.

Eu fico sempre a imaginar como serão as casas dos artistas, cheias de obras de arte por todo lado... Sim, mas eu sei que todas essas casas são lindíssimas. Só que acho mais curioso, por exemplo, conhecer casas-museus de artistas ou casas de infância...gosto de saber como se viveu noutras épocas e noutras culturas, mais do que conhecer casas contemporâneas, de pessoas que vivem no nosso tempo.

Tens algum estilo de design com o qual te identifiques mais? Admiro muito casas modernas, linhas minimais, arquitectos que foram inovadores nos anos 60, as casas da Bauhaus. Gosto muito de todo esse movimento modernista que apareceu no início do século XX, do estilo de Mies van der Rohe, por exemplo. Só que, na prática, para viver, julgo que prefiro uma casa de madeira, mais orgânica, mais caótica. Uma casa muito posta por ordem não tinha muito a ver comigo.

Pois, compreendo-te. Por exemplo, adorei a casa que aparece no filme do Tom Ford, A Single Man.É absolutamente magnífica. Queria aquela casa, sem pestanejar! Agora, o estilo moderno que envolve betão, cinzento, tudo muito branco e clean...não faz o meu género.

E como era o teu quarto de infância, recordas-te bem? Sim! Tinha muitos objectos nas paredes, tinha as minhas bonecas sempre expostas. As cortinas eram cor-de-rosa, que eu pedi especialmente à minha mãe (e ela teve o bom senso de as mandar fazer rosa velho!); tinha uma colcha às flores, que na altura quis que fosse Laura Ashley, porque achava aquelas flores britânicas. Sempre quis que o meu quarto fosse muito feminino, com padrões e cores.

© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

room service - sónia balacó.










Quando falamos da modelo e actriz, não é preciso muitas explicações.

Conhecida em Portugal na indústria da Moda e da representação, a jovem actriz está agora em Londres, pronta para crescer e desafiar-se, experimentar um pouco do mundo e, acima de tudo, concretizar o passo que sempre soube que iria tomar. Como actriz, teve a sua primeira experiência aos 15 anos, na série Jornalistas, como a personagem Madalena. No seu último trabalho, no Cinema, fez de Sophia na película inglesa "I against I", e confessa que foi o seu maior desafio até agora. Entretanto, ainda fundou a companhia de teatro Há.Que.Dizê.Lo e alimenta frequentemente o seu blogue Narcisicamente.

Quisemos desvendar o que não se sabe de Sónia Balacó através do seu quarto... E descobrimos que é saudavelmente obcecada pela organização dos livros na sua estante, que se perde com edições de livros antigas, adora ir ao cinema e adoraria ter contracenado com Marlon Brandon. Ah! E está a aprender a tocar piano e viola.

Estás em Londres há quanto tempo?
Há quase 3 anos.

Porque decidiste mudar?
Foi algo que eu sempre soube que ia fazer, só ainda não tinha dado o passo. Vim para Londres porque tinha sede de mundo, porque queria crescer como actriz e desafiar-me.

O que mais te surpreendeu em Londres?
Batatas fritas com sabor a marmite, gente completamente alcoolizada às 6 da tarde e um grande desconhecimento do conceito de guardanapo.

Apesar de ser uma cidade fantástica, por certo tens saudades de casa...do que sentes mais falta?
De abraçar a minha família e os meus amigos, de rir com eles, de fazer fisicamente parte do seu dia-a-dia. É certo que há Skype e telefones, mas custa muito saber que não estou presente em todos os momentos.

Qual é o teu lugar favorito da cidade? Ou favoritos...
Adoro o Este, onde moro: o Victoria Park, o Broadway Market...

Fala-me um pouco do teu quarto. O que representa para ti? Como partilhas casa, assume um papel ainda mais especial...ou não?
Sempre olhei para os quartos que tive cá em Londres como provisórios - é completamente diferente de quando morava em Lisboa, onde vivi anos na mesma casa, que tinha as minhas coisas todas e sentia como um espaço plenamente meu. Quando vim para Londres trouxe só uma mala - e o processo de selecção do que deveria ser incluído foi doloroso. De repente tive reduzir os objectos ao mínimo e esse difícil exercício acabou por ser libertador. Talvez seja por isso que aqui tenha o gozo de sentir que sou meio-nómada, se bem que cada vez menos, tendo em conta o número de livros, dvds e móveis que fui adquirindo nestes três anos.

Vejo que o branco é a cor dominante. Alguma razão específica?
Não foi algo pensado, mas é provável que seja um reflexo inconsciente da minha vontade de reter a luz.

Preocupas-te muito com a decoração da casa/quarto?
Minimamente, só no sentido em que a organização do espaço me faça sentir bem. Sou um bocadinho obsessiva-compulsiva com a organização dos livros por géneros e autores e sou capaz de passar o tempo que for preciso a arrumar uma estante.

Sei que alteraste a disposição dos móveis há pouco tempo. Fazes mudanças com frequência?
Mudei o quarto 2 dias depois de a Sara ter vindo cá fotografar provavelmente porque isso me fez pensar na disposição do mesmo, mas não, não faço mudanças frequentemente.

O que não pode faltar no teu quarto?
Livros, aquecimento e um sítio confortável para ler.

Adoro os pequenos conjuntos de fotografias na parede e na porta...é para recordar família e amigos?
Sempre povoei as paredes com fotos. Na minha primeira casa em Lisboa, uma das paredes do meu quarto estava completamente coberta com fotografias. Hoje em dia sou mais moderada, mas continuo a precisar de ver as pessoas que me são importantes todos os dias.

E é impossível não falar dos sapatos...também te perdes com calçado?
Gosto bastante, mas não perco a cabeça. Tal como com a roupa, tenho fases.

Reparei que tens uma colecção de DVD's...
Tenho imensos, mas nada que se compare à biblioteca. Ter a Criterion Collection completa é um plano a longo prazo. Nos livros, perco-me com edições antigas, excelência ao nível da impressão e do design, e boas traduções. A Penguin, a Vintage e a Ecco estão entre as minhas editoras favoritas.

Gostas mais de ver filmes em casa, com pipocas caseiras, ou no cinema?
Nada substitui ver um filme no cinema, e é uma das coisas que mais gosto de fazer!

E já que falamos de cinema...enquanto actriz, preferes o teatro ou a sétima arte?
São meios completamente diferentes, que adoro de maneiras específicas e diferentes. Não tenho de escolher, pois não?

Qual foi a personagem que mais gostaste de fazer até agora?
Sophia, no meu último trabalho para cinema, que foi um desafio tremendo a todos os níveis pelo facto de ser um filme inglês e de ser protagonista, com a pressão acrescida de estar a trabalhar com pessoas que admiro. Foi talvez a personagem que mais exigiu de mim emocionalmente, até agora.

Com quem sonhas contracenar um dia? Algum ídolo?
Se desse para ressuscitar o Brando...

Voltando ao quarto...um Beatle, uma viola e um piano...é mesmo paixão pela música? E tocas?
Estou a aprender ambos os instrumentos, mas ainda estou num nível muito básico. E, sim, adoro música.

O que tens ouvido ultimamente?
Arcade Fire, Summer Camp, Ariel Pink, Sufjan Stevens, Celestial Bodies, Warpaint. E os mesmo de sempre: The Beatles, Ratatat, Chico Buarque, Jorge Ben, Erik Satie.


© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

room service - joão pombeiro.









Foi bailarino clássico durante dezassete anos, mas entretanto decidiu entregar-se à sua outra paixão: a moda.

Nasceu em Lisboa, mas cresceu e estudou em Leiria. Sem nunca o ter desejado ou imaginado, deu os primeiros passos como maquilhador e seguiu, depois, para a área com que sempre sonhou – o styling. Recentemente acrescentou a esta profissão a de booker, numa agência de modelos. Durante todo este percurso, houve sempre um denominador comum, que o acompanhou para todo o lado: a obsessão por revistas de moda. Sejam bem-vindos ao quarto de João Pombeiro.

Há quanto tempo é que vives nesta casa? Há dois anos.

E foi sempre aqui o teu quarto? Não, antes estava no quarto do outro lado, que agora se está a transformar num closet.

Um closet só para ti? Não, para mim e para a Mariana, a minha melhor amiga, com quem partilho a casa.

Pela secretária e televisão, deduzo que passas muito tempo no quarto... Sim, quando estou em casa estou praticamente sempre no quarto, a trabalhar. Arranjei maneira de criar aqui uma mini-sala, com a televisão. É que, ainda por cima, também fumo no quarto...sei que é mau, mas é verdade.

Como descreverias o teu quarto em poucas palavras? Não sei, o quarto por si é confuso em termos de decoração e de pormenores. Tem muitas coisas. Basicamente, não existe uma linha de estilo, porque é uma mistura de coisas e objectos que vou adquirindo ao longo do tempo, nas minhas viagens, etc. Tem é muitas revistas e livros, porque sou completamente viciado.

Sim, são tantas! Mas já lá vamos. Há pouco dizias que gostas de quartos cheios... Sim, muito cheios, com muita coisa mesmo.

...és portanto um pouco anti-minimalismo? Nos quartos, sim. Sobretudo porque acho que o minimalismo não é funcional. Gosto de ter tudo perto. Como trabalho muito aqui, tenho de ter tudo à mão: as revistas de moda, os livros...é mais fácil assim.

Fala-me então dessa paixão pelas revistas. Quantas compras em média, por mês? Hum...não sei, mas abuso. Compro à volta de dez ou quinze revistas por mês.

É vício mesmo! Estão espalhadas pelo quarto todo... Na casa dos meus pais ainda tenho mais, que não dá para ter aqui, porque não cabem. Das duas uma: ou tirava os móveis para ter as revistas ou então não sei...

Qual é a tua preferida? A L'Uomo. Mas gosto também da Vice, da WAD...não dá para ter uma revista só em mente, porque inspiro-me em várias. Ah! E das nacionais gosto muito da Edit, da Zoot...

Quando é que começou esse fascínio pelas revistas? Surgiu quase ao mesmo tempo que a paixão pela moda. A primeira ligação que eu podia ter com a moda, até para aprender, era através das revistas. Lembro-me de pedir à minha mãe para me comprar as 'Vogues' e assim. E eu lia tudo!

Então a paixão pela moda também vem desde cedo. Sim, mas a questão é que eu fui bailarino clássico durante 17 anos. Sempre estive dividido entre a Moda e a Dança. Entretanto decidi mesmo envergar pela Moda.

Dezassete anos é muito tempo! Comecei com quatro anos.

E como conseguiste abandonar a dança? Foi radical. Sentia-me muito dividido entre a Moda e a Dança, mas a vida de bailarino é super agitada e instável, sempre a saltar de um sítio para outro, e senti a necessidade de ter algo mais calmo. Decidi então seguir o instinto que tinha ao nível da estética.

Como arrancou o teu percurso profissional na Moda? Como maquilhador...! Quando estava a estudar Design na escola profissional (em Pombal), fiz um estágio com o Dino Alves e foi aí que tive um contacto real com o mundo da moda nacional. Entretanto, por curiosidade, fiz o curso de maquilhagem com a Antónia Rosa e, quase sem dar por isso, já era maquilhador. A questão é que nunca quis ser maquilhador na vida! Aconteceu. Fiz trabalhos para a ModaLisboa, o Portugal Fashion, etc. Depois, o styling, que é aquilo que me dá mesmo gozo fazer, começou a surgir devagar.

Primeiro maquilhador, depois stylist...e agora também booker? Sim, sou booker na ML Agency, mas surgiu sobretudo por questões financeiras e porque tenho este defeito ou qualidade de querer conhecer todos os lados com que a Moda trabalha. Através deste trabalho na agência, acabo por trabalhar o meu styling, ter uma maior noção do corpo das modelos, vou adquirindo mais conhecimentos.

Voltando ao teu quarto...de todos estes objectos, tens algum que te seja mais especial? Sim, as revistas! O meu quarto baseia-se, de facto, em revistas e livros. No outro dia, os gatos (o Pirata e o Cão) tiveram o azar de entornar água para cima de algumas das minhas revistas e eu estive a secá-las, uma a uma, folha por folha, com o secador.

Que paciência! Este buda enorme que tens atrás da secretária, de onde veio? Foi o meu pai que me trouxe da Tailândia.

Tailândia...que boas recordações! Ainda não fui lá...mas a minha viagem de sonho é mesmo a Índia.


© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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